quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Sinal da Cruz


Sempre coloco meu filhinho para orar antes de dormir, ensinando que, nos momentos de repouso do corpo, nosso espírito, liberto dos grilhões do corpo físico, busca as afinidades que lhe são próprias. Através do exercício diário, intento que ele compreenda que, orando, nos afinamos com os Irmãos iluminados, com quem podemos haurir novos ensinamentos e fortalecimentos para alma.

Como meu marido é católico, e lhe ensinou o sinal da cruz, ele o faz. Sentadinho, em tom solene, ele diz:"Em nome do Pai, do Filho e do "ipíito O Santo", A- mém".

Dia desses lembrei, observando-o adormecer - rogando ao Mestre Bondoso que o envolva na sua luz em sua viagem espiritual - que quando pequena, sempre fazia o sinal da cruz. Ao entrar na escola, ao deitar, e em momentos outros, aquele gesto me confortava e me fazia sentir protegida. Ligava minh´alma à de Jesus, através do símbolo de Seu sofrimento por nós. Aquele símbolo de humildade, para mim era um símbolo de força. Na minha mente, a Cruz, instrumento redentor da humanidade, ficava à minha frente, impregnada no meu espírito. Para mim, era concreta.

Depois, fiquei buscando na minha memória, quando foi que eu deixei de fazer o sinal da cruz. Busquei, caminhei pelas memórias...não sei.

Fiquei me perguntando: por que é um símbolo católico e eu sou espírita? Não vejo por que não fazer, refletí. O ser humano de desenvolve nos símbolos filosóficos.Se é positivo, por que não?

Como espíritas devemos saber reconhecer as conribuições decisivas e pontuais das outras religiões no refazimento da alma. Muitos irmãos reencontram o Mestre nos templos neo-pentecostais, na Igreja Católica. A filosofia crística se encontra nos ensinamentos budistas, indus. A pedagogia divina está no Corão. As linguagens são muitas, os entendimentos também. A fonte, entretanto, é UNA: Deus-Pai origem, fonte e destino de todas as coisas.

Os espíritas sabemos que a terra ainda é um planeta de provas e expiações e que nele ainda se encontream serem em diversos graus evolutivos. A humanidade é heterogênea no que diz respeito à evolução espiritual. Nós temos o conhecimento da Terceira Revelaçaõ, que chegará aos poucos, ao entendimento dos demais. Precisamos ser tolerantes, respeitosos, menos arrogantes. Essa a questão que nos detém. Não somos eleitos, somos os trabalhadores da última hora.

Voltei a fazer o sinal da cruz.

Quero tê-lo gravado e respandecendo no meu perispírito. Enquanto não estou apta a ter minha própria luz, rogo a Nosso Senhor Jesus Cristo que a Dele brilhe em meu espírito.

Assim seja,

Muita Paz.